Games em Educação – como os nativos digitais aprendem, João Mattar
Editora Pearson, 2008.
“Introdução
5ª Série (6º Ano).
Fase 1
Aula de História. A professora fala sobre a Mesopotâmia. Escreve na lousa, com giz. Apaga com o apagador. O aluno ouve.
Em casa, o aluno estuda sozinho. No livro didático, ele lê sobre os rios Tigres e Eufrates, sobre a estrutura da sociedade mesopotâmica, sobre sua arquitetura, sobre sua religião, sobre o Código de Hamurábi.
Prova individual e sem consulta. Onde se localizava a Mesopotâmia? Quais as características da civilização mesopotâmica? O que significa zigurate?
Fase 2
Jogando Age of Empires. O jogador divide o controle da Babilônia com um colega e precisa utilizar estratégia e diplomacia para passar pelas idades da Pedra, do Bronze e do Ferro, enfrentando outras civilizações, controladas por outros jogadores.
Os jogadores precisam conseguir comida, madeira, ouro e pedra, dentre outros recursos e administrar cidades, casas, locais de armazenamento, templos etc.
É assim que a educação dos nossos jovens está hoje brutalmente segmentada: na escola, o ensino de um conteúdo descontextualizado que o aluno tem de decorar, passiva e individualmente.
Nos games, o aprendizado em simulações que o próprio jogador ajuda a construir, ativa e colaborativamente.”